domingo, 24 de junho de 2012

O que há de tão pequeno na lagoa que nossos olhos não podem enxergar?


Ao fazer esta pergunta para qualquer pessoa, as respostas mais prováveis seriam, em termos de organismos vivos, bactérias, vírus, micróbios e talvez alguém se lembre de mencionar algas e protozoários. E quando pensamos nesses microorganismos, o que imediatamente lembramos? Em doenças, não é? E logo outras questões aparecem como “de quê forma os seres vivos em geral relacionam-se positivamente e negativamente com estes organismos?” e “será que alguém depende deles para alguma coisa ou só fazem mal?”.
É possível observar muitas espécies de microrganismos adaptados aos mais diversos tipos de ambientes, como água doce, salobra, salgada, poluída ou não e vivendo no fundo ou na superfície.

Esses microrganismos compreendem as bactérias, as cianobactérias (cianofíceas ou algas azuis), os protozoários, as microalgas e os fungos unicelulares. 
  
          Todos esses seres vivos possuem tamanho minúsculo, e por isso somente podem ser vistos com detalhe ao microscópio. Mas, apesar de serem tão pequenos, eles desempenham na água de uma lagoa importantes funções ecológicas indispensáveis a esse ecossistema. 

As cianobactérias e as microalgas, por exemplo, além de produzirem o oxigênio utilizado na respiração dos seres vivos, através da fotossíntese, servem também de alimentação para animais herbívoros e onívoros
      Se na terra temos o boi, a capivara, o cavalo, diversos insetos e muitos outros que vivem de se alimentar de plantas, na vida microscópica da água, as microalgas e também as cianobactérias servem de alimento para uma diversidade de protozoários, pequenos crustáceos, larvas de insetos e muitos outros organismos também muito pequenos.
           Você lembra como são conhecidos os organismos capazes de produzir seu próprio alimento? Os organismos capazes de realizar fotossíntese, ou seja, produzir seu próprio alimento são conhecidos como produtores primários ou autótrofos.
Os produtores primários utilizam luz, nutrientes, gás carbônico, água e outros elementos para fabricar todas as substâncias necessárias o seu metabolismo, como carboidratos, proteínas e lipídeos. Você, que lê este texto, não consegue sozinho produzir estes compostos. Então você precisa comer arroz, feijão e pão, por exemplo, como um bom heterótrofo. Dessa forma, os produtores primários são fundamentais para a manutenção das cadeias alimentares aquáticas e terrestres de toda a biosfera.
Lembre-se de alguma cadeia alimentar que já estudou na escola, sempre se pensa no esquema: capim, coelho, raposa e decompositores. Se nossos olhos pudessem enxergar, nas lagoas e noutros corpos d’água, em um esquema parecido veríamos: microalgas, pequenos crustáceos, pequenos peixes e decompositores, por exemplo. Mas, tem muito mais que isso num ecossistema aquático!

E como ficam os decompositores neste ambiente? Os decompositores são representados pelas bactérias, fungos e alguns protozoários. Eles atuam sobre toda a matéria orgânica morta tornado novamente disponíveis os nutrientes para o ambiente, fazendo assim a reciclagem da matéria. Isso sem falar que os decompositores também servem de alimento para os pequenos animais da vida microscópica da água, aumentando as interações entre esses organismos nas cadeias alimentares.
Nessa variedade de microrganismos aquáticos também existe alguns que causam doenças sérias, principalmente em águas poluídas, e outros venenosos, como algumas cianobactérias. Tais organismos podem apresentar riscos à vida de todos os seres incluindo nós, humanos. Exemplo: acidente numa Clínica em Caruaru. Portanto, todo o cuidado é pouco, quando se tem contato com uma lagoa ou rio poluído, e se alimentar de animais, como peixes e camarões, que vivem em águas poluídas pode ser igualmente perigoso.
Por isso é tão importante que governos se empenhem em tratar a totalidade dos esgotos que hoje são jogados diretamente nas nossas lagoas, arroios e canais.
Você sabe o que a entrada acentuada de nutrientes dos esgotos causa nessas águas? Muitos nutrientes disponíveis no ambiente propiciam o crescimento descontrolado de microalgas. Logo a morte numerosa desses faz com que as bactérias e os fungos consumam grandes quantidades de oxigênio da água durante a decomposição. Dessa forma, com pouco oxigênio disponível, peixes e outros seres vivos acabam morrendo. Essa irresponsabilidade só faz degradar a qualidade ambiental e diminui a diversidade aquática drasticamente.

Populações de microrganismos aquáticos, provenientes de ambientes mais equilibrados, apresentam uma grande diversidade de espécies, cada uma com suas formas e características distintas. No entanto, a partir de agora podemos responder com mais clareza à indagação do nosso primeiro parágrafo. Não somente causam danos, mas desempenham funções ecológicas fundamentais para a manutenção dos ecossistemas em que vivem e conhecê-los é um importante passo para compreender a necessidade de preservar os ecossistemas aquáticos da nossa região, do Brasil e do mundo.

Adaptado do texto "O que há de tão pequeno na lagoa que nossos olhos não podem enxergar", 
de Danilo Giroldo, disponível no livro Ecos do Sul, 2010.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Apresentação

Olá pessoal, bem vindos ao nosso blog!

Este espaço é dedicado ao estudo da Biologia.
 
Aqui iremos compartilhar informações, imagens e curiosidades sobre aqueles seres vivos tão pequenos que nem podemos enxergar. 
Você talvez pense que eles não existam, mas pode acreditar eles existem sim! São numerosos e possuem as mais variadas formas. Estão por toda parte, inclusive em seu corpo, demonstrando que mesmo sendo tão pequenos, são super adaptados a diferentes ambientes. 
Portanto, na Biologia tamanho não é documento!

O blog foi criado pelas estudantes de Biologia Caroline Gibbon e Letiele Jardim como uma proposta pedagógica para ser utilizada no estágio supervisionado no Ensino Médio, com as turmas 301 e 305 do Colégio Estadual Lemos Jr, em Rio Grande/RS.

Turma 301 e sua professora Letiele.
Turma 305 e sua professora Caroline.